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Estudos/Parcerias


Mapeamento de Unidade de Conservação

 

Conhecendo para cuidar
Projeto de mapeamento para a preservação e recuperação dos recursos naturais

 

Situada no município de Santo André, no Grande ABC paulista, a Unidade de Proteção Integral Parque Natural Municipal do Pedroso encontra-se no limite da macrozona urbana com a macrozona de proteção e com a APRM-B (Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais - Billings) e tem sua gestão sob responsabilidade do SEMASA (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

   

Macrozoneamento de Santo André. 

 

     

Localização do Pedroso em Santo André

 

Sua origem institucional remota ao início da década de 40 do século XX,com as primeiras desapropriações de áreas na bacia do Córrego do Pedroso cujo intuito era a preservação ambiental e captação de água para a população andreense. Já nos anos 2000, a captação de água nos lagos do Parque do Pedroso era responsável por aproximadamente 6% do abastecimento da população andreense. Em 2019, com a concessão dos serviços de água e esgoto para a SABESP, a captação de água no Pedroso foi descontinuada.

Mesmo não ocorrendo mais a captação de água em seus lagos, o Parque do Pedroso continua sendo uma das mais importantes áreas preservadas da Região Metropolitana de São Paulo. Com mais de 800 hectares, é o maior Parque Natural Municipal da RMSP e em seu interior caberiam aproximadamente 5,5 Parques do Ibirapuera. Além de ser um significativo remanescente de mata atlântica e possuir uma rica diversidade de fauna e flora, por estar no limite das macrozonas urbana e de proteção ambiental, o Pedroso funciona também como uma barreira da expansão urbana sobre as áreas de mananciais do reservatório Billings.

 

Por toda essa importância, e levando em conta o déficit de informações mais precisas coletadas em campo, foi pensado um projeto para mapear os recurso naturais do Parque. Dentre os principais objetivos do projeto estão:

- Atualização da base de recursos hídricos em campo e coleta de amostras e análise das águas do Parque.

- Levantamento de fauna com câmera trap.

- Levantamento de vegetação através de sensoriamento remoto e campo.

- Intensificação das ações de fiscalização e controle no interior da UC.

 

Planejamento

Para o início dos trabalhos a área do Parque foi dividida em micro bacias, as microbacias classificadas de acordo com sua drenagem e compartimentos.

Microbacias do Parque do Pedroso.

 

Divisão das microbacias de acordo com sua drenagem.

 

Divisão das microbacias em compartimentos.

 

Após a divisão e categorização de compartimentos e drenagens, as microbacias foram codificadas conforme imagem abaixo.

Codificação das microbacias para o planejamento das vistorias.

 

Breve Metodologia

Para a atualização da hidrografia estão sendo utilizadas as cartas da EMPLASA (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano) e curvas de nível com equidistância de 1 metro. Sobre essa base foram traçados os cursos d´água e os potenciais cursos d´água. Após essa etapa estamos em campo vistoriando todos os possíveis locais e seguindo todos as cursos d'água encontrados até suas nascentes. 

Durante as vistorias nos curso d'água, estamos realizando a instalação de câmeras trap em locais estratégicos para o registro da fauna do Parque e identificando os melhores locais para realização das coletas e análise das águas do Parque. Também estão sendo realizados registros da flora para posterior checagem com a classificação supervisionada de imagem de satélite a ser realizada. Para a análise das coletas de água e para a classificação supervisionada da imagem de satélite está sendo costurado um acordo com a UFABC - Universidade Federal do ABC. Para o acompanhamento das vistorias e atuação em caso de encontrarmos irregularidades ou crimes ambientais, além da presença dos agentes ambientais do SEMASA, contamos também com a parceria do 2º Pelotão - 2ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo.

Em função da fragilidade ambiental dos locais vistoriados, as vistorias têm contado com número reduzido de profissionais que tem se revezado nas incursões. Até o momento participaram das vistorias os seguintes profissionais.

 

Situação atual

Até a presente data foram realizadas 5 vistorias e finalizada a atualização da base hidrográfica da microbacia SLP2. Os resultados preliminares podem ser vistos a seguir.

 

As variações observadas na tabela acima são em função da escala do mapeamento utilizado nas cartas da EMPLASA em comparação com precisão das vistorias de campo e as alterações antrópicas e naturais que ocorreram ao longo dos mais de 40 anos entre o levantamento da EMPLASA e as vistorias. Estas variações serão mais bem detalhadas e explicadas no relatório final do projeto.

Preliminarmente a base atualizada da microbacia SLP2 está com a seguinte configuração.

Durante as vistorias a câmeras trap já obteve registros de gambás, veados catingueiros e até mesmo uma jaguatirica. Para garantir a integridade da fauna já encontrada, os locais dos registros não serão divulgados e ficaram apenas para consulta da equipe técnica do Parque e integrantes do projeto.

Ainda em 2023 iniciaremos as vistorias na microbacia SLP1 e os resultados serão atualizados aqui.

Em breve parte das fotos e arquivos georreferenciados (shapes) estarão disponíveis no visualizador de mapas do SIGA. Será possível visualizar as informações no Tema "Meio Ambiente" - "Unidades de Conservação" - "Municipais" - "Pedroso"

Em caso de dúvidas, críticas, elogios ou sugestões basta enviar um email para siga@santoandre.sp.gov.br com o assunto "Mapeamento Pedroso". Toda manifestação é bem vinda!

 

Giácomo B. Borges
Geógrafo